Ciência em Dia

 

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Nova espécie de búzio descoberta no Algarve

Biólogo Carlos Afonso, do Centro de Ciências do Mar identificou o «Fusinus albacarinoides»

2009-12-15



Fusinus albacarinoides é o nome da novíssima espécie descoberta no Algarve. O biólogo Carlos Afonso, do Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR), identificou este búzio (gastrópode) que possui uma concha castanha-avermelhada, com 20 milímetros de comprimento e oito de diâmetro.

A espécie vive agarrada a rochas em profundidades superiores a 14 metros. O investigador descobriu a espécie no decorrer de mergulhos de recenseamento dos invertebrados marinhos entre a Oura e a Praia da Marinha.

A investigação decorreu no âmbito do projecto RENSUB - «Cartografia das comunidades marinhas da costa Algarvia dos zero aos 30 metros de profundidade», levado a cabo pelo CCMAR e financiado pela Administração da Região Hidrográfica do Algarve.


O género Fusinus, ao qual pertence a nova espécie, é da família Fasciolariidae, um grande grupo de moluscos gastrópodes carnívoros que se alimentam principalmente de poliquetas, vermes aquáticos.

Possuem dimensões que variam entre poucos milímetros e 38 centímetros de comprimento. São espécies não comerciais, não comestíveis, não estão sob ameaça ecológica e não têm estatuto de protecção.

Encontram-se distribuídas pelos mares tropicais e subtropicais. No Mediterrâneo, o género encontra-se representado com 15 espécies reconhecidas, no entanto, até à data, na região geográfica do Algarve apenas três espécies foram confirmadas.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=37980&op=all

Por: Mariana Anjos

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Investigadores japoneses «rejuvenescem» óvulos

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Técnica pode aumentar taxas de sucesso
de tratamentos de fertilização
Um grupo de cientistas japoneses desenvolveu uma técnica para rejuvenescer óvulos de mulheres mais velhas, injectando o núcleo de óvulos saudáveis recolhidos em mulheres com menos de 35 anos.
Os resultados da investigação, que foram publicados na última edição da revista New Scientist, fazem prever que esta técnica poderá aumentar as hipóteses de sucesso dos tratamentos de fertilização in vitro nas mulheres mais velhas.                                                                              Taxa de fertilização desta experiência foi de 28%

                                                                                                             

A equipa de Atsushi Tanaka, investigador do St. Mother Hospital, em Kitakyushu, retirou os núcleos de 31 óvulos de mulheres que estavam a ser sujeitas a tratamentos de fertilidade, introduzindo os núcleos de óvulos saudáveis.

Deste conjunto, 25 óvulos tornaram-se viáveis e ao serem injectados com esperma, sete geraram embriões num estado primário, chamados blastocistos.Estes resultados equivalem a uma taxa de fertilização de 28 por cento, significativamente superior aos três por cento conseguidos em óvulos que não foram sujeitos a esta técnica.

Tanaka referiu que o próximo passo desta investigação passará por transferir os blastocistos para o útero. “Se conseguirmos transferir esses novos embriões, acredito que a taxa de sucesso [de gerar uma gravidez] seria alta”, afirmou o cientista.


 

Por: Sofia Marchão

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/portal/36911

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Água na Lua

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Existe água gelada em grandes quantidades no pólo sul da Lua, confirma a NASA. A agência espacial norte-americana analisou os últimos dados da missão que levou o satélite LCROSS a despenhar-se a grande velocidade na grande cratera Cabeus, no dia 9 de Outubro.

Esta depressão localizada no pólo sul da Lua está permanentemente na sombra, numa região onde a temperatura nunca sobe acima dos 170 graus negativos. O violento impacto do LCROSS na Cabeus provocou um jacto de vapor de 1,6 km de altura equivalente a mais de cem litros de água.

Antes de deixarem de funcionar, os sensores da nave (espectrómetros de infravermelhos e ultravioletas) detectaram vapor de água e gelo. "Não encontrámos apenas um pouco de água mas uma quantidade significativa", afirmou Anthony Colaprete, cientista chefe desta missão.

Em todo o caso, Colaprete ressalvou que "a concentração e distribuição da água no solo lunar requer mais análises e a plena compreensão dos dados da LCROSS vai levar algum tempo".

A nave Lunar Reconnaissance Orbiter, que acompanhou esta missão, vai aliás continuar em órbita à volta da Lua a fotografar e enviar dados sobre o impacto na cratera Cabeus.

A primeira evidência de água gelada na Lua veio da missão norte-americana da nave Clementine, em 1994, que calculou que a área do nosso único satélite natural sempre à sombra no pólo sul devia atingir os 14 mil km2.

Com os novos dados da nave Lunar Prospector, lançada em 1998, os cientistas da NASA estimaram que a quantidade de gelo no solo lunar se poderia situar entre um e três quilómetros cúbicos, com uma concentração de 900 gramas por tonelada de solo.

Missões posteriores dos EUA, Europa, Japão e China analisaram também a presença de água na Lua. Mas foram os dados da nave indiana Chandrayaan-1 e da sua Moon Impact Probe, lançada sobre a cratera Shackleton no pólo sul da Lua em 14 de Novembro de 2008, que trouxeram mais novidades.

Com efeito, esses dados foram analisados pela NASA, que confirmou a 25 de Setembro de 2009 a existência de água em vastas áreas da superfície da Lua, embora em concentrações reduzidas.

A confirmação da presença de água na Lua em quantidades apreciáveis é fundamental para tornar viável, no futuro, a existência de uma ou mais bases permanentes no único satélite natural da Terra. A água poderia ser usada para consumo humano e para o fabrico de combustível.

 

Por: Mariana Anjos

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/nasa-confirma-que-ha-grandes-quantidades-de-agua-na-lua=f547524

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Cientistas decifram genoma do cavalo, mais
semelhante ao do homem que o do cão

«WASHINGTON, EUA — Cientistas descodificaram o genoma do cavalo doméstico e descobriram uma sequência com semelhanças surpreendentes ao do ser humano.

A investigação, apresentada na edição desta quinta-feira da revista americana Science, também fornece pistas sobre o desenvolvimento dos mamíferos, além de ajudar a identificar os genes causadores de enfermidades nos equinos, anunciou uma equipe internacional de cientistas.

"Cavalos e seres humanos têm doenças semelhantes; assim, identificar os genes responsáveis pelas enfermidades no cavalo nos permite aprofundar o conhecimento de ambos os organismos", afirma Kerstin Lindblad-Toh, que coordena o estudo.

A conclusão é resultado de três anos de investigação por parte de uma equipe dirigida por especialistas do Instituto Broad do MIT e de Harvard.

Lindblad-Toh, diretora do setor de biologia genética na Broad, também é professora de genética comparada da Universidade de Uppsala, na Suécia.

Os especialistas estudaram o genoma de uma fêmea Puro Sangue chamada Twilight e encontraram muitas semelhanças com outros genomas de mamíferos.

O genoma do cavalo possui 2,7 bilhões de letras, os nucleotídeos (moléculas que formam o DNA e o RNA), um pouco maior que o de um cão doméstico mas menor do que o do humano e que o da vaca.

Segundo os cientistas, 17 dos 32 cromossomos equinos são similares aos dos humanos, o que converte os cavalos nos mais próximos aos humanos do que o cachorro ou o rato.

Os seres humanos domesticaram o cavalo há pelo menos 4.000 anos, e os equinos têm mais de 90 enfermidades hereditárias similares às dos homens.

Os especialistas também examinaram o DNA de outras raças - entre elas, Quarto de Milha, Andaluz, Árabe, Hanoveriana, Hakkaido, Islandês e outros - e criaram um catálogo com mais de um milhão de diferenças genéticas de uma só letra.

O cavalo é o sexto animal doméstico com genoma sequenciado depois da galinha, do cachorro, da vaca, do gato e do porco.

Também já foram descodificados os genomas do ornitorrinco, do rato, do chimpanzé e do macaco rhesus.»

Por: Sofia Vilar
Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gFVKCSRHb4xZ8-_o5lB5l4w4qLIQ